quarta-feira, 28 de julho de 2010
Adormecido No Vale
de Rimbaud
É uma clareira verde, onde canta um riacho
prendendo alegremente às ervas seus farrapos
prateados; onde o sol da orgulhosa montanha
brilha. É um valezinho a espumar claridades.
Um jovem soldado, a boca aberta e a cabeça
descoberta a molhar-se na erva fresca, azul,
dorme; está estirado ao chão, a céu aberto,
pálido, no seu leito verde, à luz que chora.
Os pés nos lírios roxos, dorme. E sorri como
sorriria uma criança enferma, em sono leve.
Natureza - aconchega-o bem: ele tem frio!
Os perfumes não mais lhe excitam as narinas;
dorme ao sol; tem a mão abandonada ao peito.
Dois rubros orifícios sangram-lhe a direita.
( francês- 1845 / 1891 )
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Um comentário:
Infelizmente, imagino que esteja assim intranquilo devido a guerra...
Fique com Deus, menina Mírian Mondon.
Um abraço.
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